Roubei um beijo do meu destino e ele sorriu para mim. Me disse que a felicidade está escrita em cada canto da sala de estar dos meus anseios. Escrevi uma carta de amor para a minha vida e ela, lindamente respondeu dizendo assim: cuida de quem gosta de ti, não valoriza os sentimentos maus, vive para quem vive por ti, aceita cada gesto de carinho hoje tão raros. Eu olhei sério para meu futuro, e ele misterioso como sempre, pediu para que o levasse nos braços, eu falei que tinha receio de caminhar lado a lado com ele, preferia que ele me esperasse adiante. Mas isso ele faz com todos, pensei. E ele de repente, sumiu. Eu aplaudi o meu passado, que de tão sofrido conseguiu escrever uma grande tragédia grega, nem o édipo de Sofócles chegou aos pés da personagem pintada em mim. Eu deitei com o meu presente, e ele se desembrulhou de uma forma tão doce, que eu sentei e observei, foi quando o senhor do tempo olhou no fundo dos meus olhos e pediu para que me levantasse, pois não havia nada, nem lugar, nem bem querer, nem multidão que fizesse a história mudar de lugar. Pois hoje não existe mais tempo de respirar. Ou se vive morrendo ou se morre vivendo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário